[PEDRO
LUSO DE CARVALHO]
ÁLVARO LINS nasceu em Caruaru, Pernambuco, a 14 de dezembro de 1912. Formou-se na
Faculdade de Direito da Universidade de Recife em 1935. Dois anos antes, em
1933, escreveu A Universidade como Escola
de Homens Públicos. De 1932 a 1940 dedicou-se ao magistério. Foi professor
de Geografia Geral e de História da Civilização no Ginásio do Recife, no
Colégio Nóbrega, no Instituto Nossa Senhora do Carmo e na Escola Normal Pinto
Junior, em Pernambuco.
Crítico
literário, Álvaro Lins foi diretor do Suplemento Literário, redator-principal e
dirigente político do Correio da Manhã
(1940-1956). Foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores para
escrever um livro sobre o Barão do Rio Branco, em forma de biografia, estudo
diplomático e quadro histórico da época (1940). No ano seguinte, foi convidado
para o cargo de professor (interino) do Colégio Pedro II.
Álvaro
Lins foi o quarto ocupante da Cadeira 17, da Academia Brasileira de Letras, eleito em 5 de abril de 1955, na
sucessão de Roquete-Pinto e recebido pelo Acadêmico João Neves da Fontoura em 7
de julho de 1956.
Segue a transcrição
do nº CVI, do livro Álvaro Lins,
Literatura e Vida Literária – Diário e Confissões, editado pela Civilização
Brasileira, Rio de Janeiro, 1963, p. 83, na qual o escritor aborda o tema sobre
o conhecimento da vida pela poesia e pela filosofia:
[ESPAÇO DA CRÍTICA]
A POESIA E A FILOSOFIA
[ÁLVARO LINS]
A poesia e a filosofia são dois caminhos que se destinam igualmente ao conhecimento da vida, a uma penetração interior na realidade do mundo. Na ausência de filósofos, contentemo-nos, pois, com a presença dos poetas. Uns e outros são videntes. Os nossos líricos substituem os filósofos que nunca tivemos. E talvez que não seja uma heresia afirmar a superioridade, a pureza e a grandeza da visão dos poetas. Em geral eles atingem sempre uma posição que ultrapassa a mais audaciosa conquista dos filósofos. E por isso, com certeza, é que os filósofos procuram hoje aproximar-se de um conhecimento da vida que é mais poético do que filosófico. Poeta volta a significar, como nas suas origens, um criador.
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