por Pedro Luso de Carvalho
O poema Noite sem
ninguém, de Idea Vilariño, integra o livro Noturnos e outros poemas, com
seleção e tradução de Sergio Faraco. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio
dos Sinos - Ed. Unisinos; Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro - IEL,
1996, pág. 70.
Pablo Rocca, que foi
responsável pelo prólogo e notas diz que “Nos últimos cinquenta anos, muitos
leitores de língua espanhola tem experimentado uma estranha sedução ao primeiro
contato com um poema de Idea Vilariño (Montividéu, 1921)”. Alguns desses poemas
se transformaram em canções, outros foram compostos especialmente para tal fim,
diz Rocca. “Assim, por volta dos anos sessenta, suas palavras romperam o limite
das revistas e dos livros para circular nas vozes de intérpretes populares como
Alfredo Zitarrosa, Daniel Viglietti, o duo Olimareños, Leo Maslíah e outros”.
(No dia 28 de abril de 2009, morre Idea Vilariño, aos 89 anos.)
Segue o poema Constante
despedida, de Idea Vilariño,
que integra a obra acima mencionada (Noturnos e outros poemas):
[ESPAÇO DA POESIA]
CONSTANTE DESPEDIDA
(Idea Vilariño)
Estes dias
os outros
os de nuvens
tristíssimas e imóveis
com cheiro de
madressilvas
e um trovão longínquo.
Estes dias
os outros
os de ar sorridente e
distâncias
como um pássaro
vermelho no arame.
Estes dias
os outros
este amor desgarrado
pelo mundo
esta diária constante
despedida.
*
* *
Muy bello y triste. Me encantó. Un abrazo
ResponderExcluirObrigado, Alma, por sua visita. Volte sempre.
ExcluirAbraços,
Pedro.