por Pedro Luso de Carvalho
MARIO QUINTANA
nasceu em Alegrete, RS, a 30 de julho de 1906, e faleceu na capital gaúcha,
Porto Alegre, em 5 de maio de 1994. Traduziu obras importantes -
Marcel Proust, Virginia Woolf,
entre outros - para a Editora do Globo, que era dirigida pela Família Bertaso,
tendo à sua frente Henrique Bertaso. Escreveu durante largo tempo para o Correio do Povo - Página de Cultura -,
quando o jornal pertencia a Companhia Jornalística Caldas
Junior.
Os prêmios que recebeu,
foram todos merecidos, como aconteceu com o Prêmio Fernando Chinaglia da União
Brasileira de Escritores, e o Prêmio
Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra.
Mario Quintana
tinha anjos que o protegiam; estes impediram o poeta de ingressar na
Academia Brasileira de Letras, depois de suas três tentativas; os anjos sabiam
que Mario lá não se sentiria confortável
entre tantos “imortais” que de poesia nada entendiam, como ainda hoje ocorre.
Segue a prosa-poética de
Mario Quintana, “História” (In
Quintana, Mario. Na volta da esquina. Porto Alegre: Editora
Globo, 1979, p. 69):
[PROSA POÉTICA]
HISTÓRIA
(Mario
Quintana)
Era um desrecalcado, pensavam todos. Pois já assassinara uma bem-amada,
um crítico e um amigo.
Mas nunca mais encontrou amada, nem crítico, nem amigo. Ninguém mais que
lhe mentisse, ninguém mais que o incompreendesse, nem mais um inimigo íntimo...
E vai daí ele se enforcou.
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário
LOGO O SEU COMENTÁRIO SERÁ PUBLICADO.
OBRIGADO PELA VISITA.
PEDRO LUSO