15 de dez. de 2012

[Prosa Poética] MARIO QUINTANA - História



por  Pedro Luso de Carvalho
     

MARIO QUINTANA nasceu  em Alegrete, RS, a  30 de julho de 1906, e faleceu na capital gaúcha, Porto Alegre, em 5 de maio de 1994. Traduziu obras importantes  -  Marcel Proust,  Virginia Woolf, entre outros - para a Editora do Globo, que era dirigida pela Família Bertaso, tendo à sua frente Henrique Bertaso. Escreveu durante largo tempo para o  Correio do Povo - Página de Cultura -, quando  o jornal  pertencia a Companhia Jornalística Caldas Junior.

Os prêmios que recebeu, foram todos merecidos, como aconteceu com o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores,  e o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra.

 Mario Quintana  tinha anjos que o protegiam; estes impediram o poeta de ingressar na Academia Brasileira de Letras, depois de suas três tentativas; os anjos sabiam que Mario  lá não se sentiria confortável entre tantos “imortais” que de poesia nada entendiam, como ainda hoje ocorre.

Segue a prosa-poética de Mario Quintana, “História” (In  Quintana, Mario. Na volta da esquina. Porto Alegre: Editora Globo, 1979, p. 69):



             [PROSA POÉTICA]


   HISTÓRIA
 (Mario Quintana)
  

Era um desrecalcado, pensavam todos. Pois já assassinara uma bem-amada, um crítico e um amigo.

Mas nunca mais encontrou amada, nem crítico, nem amigo. Ninguém mais que lhe mentisse, ninguém mais que o incompreendesse, nem mais um inimigo íntimo...

E vai daí ele se enforcou.



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